
Baixio (CE)
Um produto que faz parte da nossa história.
O café foi e ainda é um dos principais produtos geradores de receitas e impulsionador da economia. Continuamos por décadas, mantendo o título de maior produtor e exportador do mundo.
Antes de entrar na nossa história cafeeira, vamos a um breve resumo de onde surgiu e como chegou Brasil.
O início de tudo nos leva a atual Etiópia, onde era usado como estimulante para rebanhos de cabras realizarem longa viagens. Embora nativa da África, foi no Iêmen que se tornou um produto rentável. Ninguém sabe se a lenda é verdadeira, ou qual a real história da origem, mas o que se sabe é que o café começou a ser cultivado em monastérios islâmicos onde monges bebiam a infusão do fruto.
O ocidente sempre se interessou pela excentricidade e apelos exóticos dos produtos do oriente, e quando o café chegou a Constantinopla, levado pelo Império Otomano, conheceram o que chamavam de “Vinho da Árabia”.
Até o século XVIII os Árabes eram os únicos que dominavam o cultivo da planta, a produção da bebida e a venda do grão, que era comercializado já torrado para não germinarem e manter o monopólio nas mãos do oriente.
E como o café chegou ao ocidente?
Dizem que foi pela Holanda… Os holandeses conseguiram levar mudas, que foram cultivadas em estufas e depois levadas para suas colônias.
Por volta de 1700 a Holanda presenteou o rei Luiz IV da França com uma muda de café que foi plantada nos jardins de Versalhes. Mais tarde um ambicioso soldado francês enxergou o potencial econômico e levou mudas para as colônias francesas na América. A aventura do soldado foi de tal sucesso que mereceu a parabenização do rei.
E o Brasil?
Bem, é aqui que entra o nosso país. Já conhecendo o produto e sua fama, foi delegado ao sargento-mor, Francisco de Mello Palheta, a missão de conseguir uma muda. Com a “desculpa” de exigir o cumprimento do tratado de Utrechet, Palheta consegue o que foi buscar, iniciando então a história de sucesso do café no Brasil.
Existem algumas fofocas históricas que dizem que ele chegou a seduzir a esposa do governador da Guiana Francesa, por volta de 1727, para conseguir algumas sementes e mudas da planta que já era reconhecida como um cultivo de alto potencial econômico.